
olho com as mãos o dia
faz-se noite escura.
o tempo é indefinido
nos espaços renovados
sem distâncias a noite infiltra-se
no meio.
os muros tremem
ao ruído das sirenes
são tóxicos os vultos
que caminham sem crescer
tudo é alheio ao sentido da vida
fugiu a sombra
e o ontem adormeceu hoje
helena maltez